Os dilemas são muitos quando tratamos do assunto digitalização, inclusão digital ou acesso digital. Hoje é uma pequena parte da população brasileira que tem acesso à internet ou a computadores.
Discutir as prioridades dos países em desenvolvimento, como o Brasil, pode ser um pouco contraditória. Pois ao mesmo tempo em que vemos projetos governamentais que dizem investir em ciência e tecnologia; vemos também que nas escolas públicas existe um acesso de mais de 200 alunos por micro.
Hoje em dia, o mundo está mais globalizado e dividindo as tarefas. O mercado de trabalho tanto nacional brasileiro, quanto o internacional está muito competitivo. A tecnologia é exigência mínima para qualquer trabalhador. Mas e os reais problemas de uma população como a nossa? Onde entrariam?
Por décadas e mais décadas os estudiosos brasileiros vêm discutindo o tema de fome, pobreza, analfabetismo, desnutrição, entre outros, e são poucas as soluções para estes problemas tão centenários no nosso país. Agora, além de tudo temos o problema da inclusão digital.
A realidade brasileira é muito diferente a da Alemanha ou Estados Unidos, onde estes já estão quase em 100 % integrados com a tecnologia no seu dia-a-dia. O brasileiro vive, trabalha e sofre para ganhar o pouco dinheiro no mês, para comprar a comida, para tomar a cervejinha no final de semana, ou até para o presente de natal. Mas como pensar em digitalização se não se sabe ler e escrever? Como pensar em tecnologia se não tem vaga na escola estadual para o filho?
Realmente, o desenvolvimento econômico traz consigo o desenvolvimento tecnológico. E o povo pára! Sem a oportunidade de ampliar suas idéias e ideais com a internet e outros meios avançados que a tecnologia proporciona.
Acreditar em um novo modelo que exija menos tecnologia seria acreditar em um retorno ao passado, no qual já tivemos as épocas das navegações ou da revolução industrial, sempre avançando era a era com novas tecnologias. Ela vem para trazer solução para os problemas que temos no Brasil, os problemas mundiais de combustível e os problemas futuros que ainda virão. O que se deve fazer é facilitar o acesso dos países em desenvolvimento à tecnologia e fazer uma popularização do uso da mesma.
Ivo Felipe e Nicole Benete
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